sábado, 22 de dezembro de 2012

Indo, discipulando, batizando e ensinando


A palavra indo do tema proposto, como todas as outras palavras que estão no gerúndio, significa "trabalho continuado", ou seja, o trabalho de missões começa desde o momento da conversão, continua dentro de casa e dá-se seguimento fora dela, e isto, continuamente.
Mas não basta apenas ir e evangelizar, deixando o indivíduo ao léu sem nenhum apoio após a sua conversão, o novo convertido deve ser discipulado, pois não é viável, nem prudente levar o conhecimento da salvação sem dar o segundo passo que o Senhor nos incumbiu de fazer, que é o de discipular, mas podemos nos perguntar: como discipular?
Essa questão é levantada por muitos dos que se dizem conhecedores da verdade que divulgam o evangelho, mas, no entanto, se consideram incapacitados para sustentar um novo convertido na fé, passando esta responsabilidade a outros.
Para responder a pergunta acima indagada é preciso compreender que é a através de duas coisas, ou seja, do ensino e das nossas vidas que nós discipulamos as pessoas, pois conforme andamos nesta vida fazemos "discípulos". No livro de Gálatas 2: 20 compreendemos que discipular envolve deixar Cristo viver em nossas vidas e não mais vivermos para nós mesmos, desta feita, o cristão estará discipulando sem a necessidade de abrir a sua boca, no caso deste não saber discipular através da oralidade (ensino).
A partir do momento em que a pessoa é discipulada por alguém através de testemunho ou por meio da fala é necessário que esta pessoa seja batizada, obedecendo à ordem do Senhor, que nos diz, que devemos crê e ser batizado, sendo que no discipulado é preciso mostrar ao discípulo que as pessoas são apenas criaturas de Deus e não filhas, por isso, necessitam se converter e tornar-se filho de Deus, conforme a bíblia nos relata em João 1: 9 que "todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem filhos de Deus", ou seja, somente os que creem e se arrependem do seu pecado se tornam filhos de DEUS. Portanto aptos ao batismo.
É necessário que todo novo cristão deva ser ensinado para que estes ensinem outras pessoas que "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3: 23), o que quer dizer que todos são pecadores e não apenas alguns, mas todos, pois todos estão debaixo da lei do pecado. Neste contexto o pecador receberá um salário e esse salário é a morte conforme Romanos 6: 23, desta feita, quem não tem o Senhor Jesus como Senhor da sua vida, mas rejeita-o e vive uma vida fora da comunhão de Deus, está separado da glória de Deus, sendo que pesa sobre a humanidade a condenação do pecado.
É preciso mostrar para as pessoas que há uma saída, pois em Efésios 2: 8 a bíblia diz: "pela Graça, sois salvos mediante a fé em Cristo Jesus". A humanidade precisa se render aos pés de Jesus e o aceitar pela fé e assim ser salva da condenação Eterna.
Portanto, os cristãos devem divulgar o evangelho para o mundo e obedecer ao Ide de Cristo e ser verdadeiramente um cristão, conhecendo o plano de salvação para divulgar o evangelho, de forma que as pessoas reconheçam as suas condições, se convertam e sejam batizadas e consequentemente desenvolvam a sua salvação, crescendo no conhecimento de Deus.
Esta edificação cristã implica em um diálogo, a leitura da palavra, aprender a orar, ser ensinado a ter uma vida transformada e para não ser levado por qualquer vento de doutrina tendo uma vida de paz e sabedoria cristã, proporcionando, desta feita, o sentimento missionário no servo de Deus.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Dependemos


Dependemos é um movimento de dependência do Senhor. Uma dependência que mova os corações. A oração é fundamental para esta concretude, de forma que ocorra um mover missionário em nossa geração.

Almejamos um despertar missionário em nossa geração. Não apenas o missionário que parte para longe de sua terra, mas também o cristão que vive em sua localidade, em ambientes que precisam do Senhor (a Jerusalém). Cremos que todos precisamos depender do Senhor para fazer a sua obra.
Mas um movimento missionário que dependa do Senhor não pode começar de outra forma que não seja através da oração. Pela oração entendemos que mudamos nossa disposição para com o Senhor, nos tornamos mais prontos para ouvir, mais sensíveis à voz de nosso Pastor e desta forma, dispomos-nos para o seu serviço de forma preparada.
No oitavo capítulo do livro de Apocalipse, João relata a seguinte visão:
“E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus.” (Apocalipse 8.2-4)

A oração é fundamental para que ocorra a obra missionária. Este é nosso desejo! É um imenso privilégio saber que o Deus Soberano, o Absoluto sobre toda a criação nos ouve, escuta, recebe as nossas orações. E tomando as imagens aqui descritas por João, aguardamos, através das nossas orações por um despertar em nossa geração. "Oremos sem cessar" por missões.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Porque devemos pregar?

Ao ouvir uma série de mensagens do pastor Eduard Luz (presidente da Novas Tribos do Brasil), no congresso missionário organizado pela AIBRAM, realizado no ano de 2012, sob tema: A igreja e missões no contexto atual, nos compungiu o coração a ouvir o chamado de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo para a sua comissão, pois entendemos naquele evento que devíamos nos dispor efetivamente e não somente ouvir e fingir que não ouvimos, como muitos dos crentes o fazem continuamente, pensando que não serão um dia cobrados sobre a responsabilidade que temos para com as pessoas que não conhecem a Deus. Pensei conscientemente em sair de minha zona de conforto e me dispor para o serviço de meu Deus, tanto é que pensei em lagar tudo e ser um missionário, mas após conversa com o próprio pastor da conferência e outros pastores que conheço tomei a decisão de continuar os estudos, pois todos disseram-me que talvez o senhor queira pessoas mais qualificadas e com a minha futura formação pedagógica poderia ajudar ainda mais no trabalho do Senhor.
A partir daquele dia, minha mente vem sempre me acusando sobre essa responsabilidade de pregar o evangelho, pois Deus está chamando os obreiros para a sua seara, que está branquejando, mas os trabalhadores são poucos, e, os que têm, muitos estão doentes, envelhecendo e a juventude desta geração da computação muitas vezes não querem o compromisso de difundir o evangelho, preferindo, antes ficar em seus mundos de tranquilidade, na sua zona de conforto. Onde estão os verdadeiros cristãos? Conclamamos a todos os jovens cristãos a arregaçarem as suas mangas, a saírem para cumprir o chamado que não é meu, mas do nosso Senhor e Salvador quando diz: “ide por todo o mundo e pregai o evangelho” (Mc 16: 15).
Devemos sair de nossas zonas de conforto, da frente do computador, da televisão, de nossas casas e ver a realidade que muitas pessoas estão sofrendo, até mesmo, na nossa vizinhança, por falte de alguém que pregue.
Os cristãos que estão na frente de batalha necessitam de nossas orações, para que sejam revestidos do poder de Deus e continuem proclamando as boas novas de salvação, pois muitos deles estão sofrendo por pregar o evangelho do Reino de Deus, por amor as almas perdidas, nos países a fora. Mas como é gratificante ouvir e ver a alegria de muitas pessoas que se tornam cristãos por que alguém foi e lhes anunciou o verdadeiro evangelho. Se não houvesse quem não pregasse nós hoje talvez não fossemos salvos em Cristo Jesus, então deixemos o egoísmo de lado querendo a salvação só para nós e façam o que devemos fazer.
A bíblia nos assegura que temos o poder de Deus em nossas mãos, então, sejamos testemunhas de Cristo, onde quer que andemos, proclamando de Jesus Salvação e glória, pois desde que o Senhor nos Salvou já fomos convocados para a mais brilhante missão que um crente pode executar, a de pregar o verdadeiro evangelho, que Cristo veio, morreu, ressuscitou e está a destra do Pai intercedendo por cada um dos cristãos. Mas muitos podem até perguntar porque devemos pregar? A resposta é simples: porque temos o poder dado pelo próprio Cristo.

Porque temos o poder do Senhor

“mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. (At. 1: 8)

Analisando esta passagem bíblica percebemos devemos pregar o evangelho porque somos revestidos do poder que vem lá do alto, não um poder terreno, mas celestial e por isso devemos com intrepidez proclamar as boas novas de salvação.
O Espírito Santo está conosco todos os dias para nos ajudar a falar as palavras certas, pois é ele, e não nós, que convence o homem da justiça, do juízo e do engano. Por esta situação privilegiada em que nos encontramos hoje afirmo veementemente que devemos ser as verdadeiras testemunhas de Cristo, zelando pela doutrina do Senhor e difundindo o seu evangelho em todo o lugar, desde nossa casa, nossa vizinhança, e nos mais longínquos lugares da terra.
O Cristão tem o vigor para cumprir a sua missão, basta se dispor desta autoridade lhe concedida, pois é o Senhor que nos sustenta e anima-nos a permanecermos firmes na proclamação do evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo o perdido. A autoridade já foi dada, então o que estamos esperando? Em Rm 1: 16, 17 o apóstolo Paulo ao escrever a igreja de Roma deixa muitos cristão com vergonha de si mesmos e de Deus, pois ele (o apóstolo) afirmar que não se envergonha do evangelho, enquanto muitos o tem, preferindo morrer pela causa de Cristo do que viver segundo este mundo, “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé”.
Fique sabendo que o evangelho sendo o poder de Deus aqui nesta terra não sessará, mesmo que você jovem não queira pregar, pois o Senhor fará as próprias pedras clamarem, mas ai dos negligentes com a palavra. Você que tem o poder e não usa esse poder será um dia pedido conta sobre as almas que deixou de irem para o inferno, pois todos nós um dia seremos cobrados.

Porque temos a verdade

Devemos pregar o evangelho porque nós cristãos temos a verdade revelada, o evangelho de Jesus Cristo, entre os homens, e por possuirmos esta verdade devemos divulgá-la, louvando ao nome do Senhor, por causa da sua misericórdia e da sua verdade, que liberta o homem da escravidão do pecado.
A verdade liberta e por que a possuímos devemos compartilhar com os que não a tem, de modo que venham a serem livres de si mesmos e do pecado, sendo livres da ira de Deus que se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens (Rm 1: 18).

Porque temos a responsabilidade

Os anjos anelaram pregar o evangelho, mas a nós foi-nos confiado essa responsabilidade. Cada um de nós que tivemos essa experiência regeneradora pode divulgar o evangelho. Os anjos por não terem essa experiência não o podem anunciar.
No entanto, nós que temos essa responsabilidade, preferimos ficar em nossas casas, com todo o conforto, mas isso precisa mudar, de forma que ponhamos a nossa confiança no Senhor cumpramos com a nossa responsabilidade de filhos que somos e preguemos as boas novas de salvação. Esse é o dever de todo o cristão, pois o próprio Deus nos confiou esta tarefa.

Porque o tempo está próximo

Para finalizar esta breve reflexão, entendemos que devemos pregar o evangelho, também, porque o tempo está próximo, tendo em vista que o próprio Cristo nos alerta “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até a ceifa? Eu, porém, vos digo: Erguei os vosso olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa”. (Jo 4: 35).
A difusão do evangelho é um dever de todo o cristão, ainda mais, nos dias atuais, onde há guerras, rumores de guerras, catástrofes naturais, tudo o que o Senhor nos alertou quando o fim estiver próximo, e nos dias é o que mais vemos acontecer, o anúncio da vinda do Senhor, por isso devemos alertar a população para que se arrependam e se convertam ao nosso Deus.
Nós não sabemos quando será a vinda do Senhor, no entanto ele nos deixou o alerta do fim dos tempos, pois os campos já branquejam para a ceifa. Então, comecemos a colher os seus frutos, proclamando a verdade que liberta. Jesus Cristo, o único Salvado!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A vida do jovem cristão


Para entendermos melhor como deve ser a vida do jovem cristão, recorremos à bíblia que nos alerta no Salmo (133: 1), que todo cristão deve viver em união, num mesmo pensamento, pois como ela mesma (a bíblia) fala “o quão bom e agradável é viverem unidos os irmãos”, ao compreendermos que devemos viver em união, não importa se os jovens congregam em igrejas distantes umas das outras, devemos ter o mesmo pensamento, o mesmo sentimento uns para com os outros, sendo esse sentimento o amor, o qual proporciona a união entre as pessoas, pois este sentimento aperfeiçoa-nos diariamente e nos une.

No entanto, não adiante existir a união sem o comprometimento para com o outro e principalmente para com o Senhor, que fez os céus e a terra e ainda se entregou por nós, miseráveis pecadores. A bíblia nos fala em Isaías (55: 6) que devemos “buscar o senhor enquanto se pode achar e invocá-lo em quanto está perto”, esta busca e invocação significa o compromisso para com o Senhor, pois quem o busca, está em sujeição a Deus, obedecendo-o e cumprindo o seu querer.

Devemos procurar ter uma vida espiritual verdadeiramente condizente com o padrão cristã, o Senhor nos fala a esse respeito em I Pedro (1: 16), considerando uma virtude da vida cristã, por isso o Senhor exige que vivamos como ele é, pois Deus afirma “sede santos porque eu o Senhor sou santo”.

Abordaremos no decorrer do texto três características que são as palavras-chave de uma vida cristã vitoriosa, que por sua vez, se concretiza quando o servo do Senhor propõe-se em viver a palavra de Deus, praticar a santidade e desviar-se dos prazeres do mundo.

Vivendo a palavra de Deus (I Pe. 1: 14-16)

A PALAVRA de Deus está em nossas mãos, mas indagamos de que maneira estamos fazendo uso dela? Esta é uma pergunta pertinente para entendermos o proceder o jovem cristão de hoje, pois a palavra de Deus nos fala que devemos viver a palavra de Deus através de alguns critérios, tais quais:

a)    Cingindo com o Espírito Santo: devemos viver na  

b)    Ser sóbrio: Devemos ter o auto-controle de nossas vidas.

c)    Esperar na graça do nosso Senhor: Devemos a cada dia confiar no nosso Senhor, não nos preocupando com o dia de amanhã, pois o dia trará o seu próprio mal, então, vivamos uma vida na dependência do Senhor.

d) Observando a obediência: Não devemos nos entregar ao pecado que outrora fazíamos, de forma a não sermos moldados pelas paixões anteriores, mas sim, observar o que Jesus nos ensinou.


A prática de santidade (Ef. 5: 1)

A respeito da prática da santidade a bíblia nos alerta que devemos viver como ele é. A prática de santidade significa viver em santidade, ou seja, uma vida de imitação a Cristo. Nossa vida deve produzir um caráter santo, pois aquele que nos chamou, chamou-nos para vivermos uma vida de santidade. Precisamos ser santos, pois, ele é SANTO, sendo que, ele nos separou para vivermos para ele, pois santo significa: separado.

Se somos filhos de Deus, busquemos uma vida de santidade, desviando-nos dos prazeres do mundo praticando uma vida de santidade. Devemos buscar uma vida de identificação com Cristo, pois ele nos fala: sede meus imitadores como filhos amados. Mas como podemos viver uma vida de santidade? A bíblia nos alerta que podemos viver uma vida de santidade desviando-nos dos prazeres do mundo.


Desviando-se dos prazeres do mundo (I Jo. 2: 15-17)

Você pode desviar-se dos prazeres do mundo? Quais os prazeres que te agradam mais, as espirituais ou as terreais?

Jesus mesmo disse que não tinha prazeres nas coisas do mundo. Devemos seguir o seu exemplo, pois se tivermos a comunhão com o mundo, seremos o que o mundo é, como por exemplo: carnal, perverso, adúltero, diabólico, entre outras coisas que podemos citar, mas ficamos por aqui.

Devemos banir as coisas do mundo porque somos novas criaturas, e eis que tudo em nossa vida se fez novo, as nossas práticas não devem mais ser as mesmas, pois se amarmos o mundo o amor do Pai não está em nós e enganamo-nos a nós mesmos como a bíblia nos fala.
Como já afirmamos acima, as práticas do mundo devem ser banidas da vida do jovem cristão, como por exemplo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, pois são os apetites da nossa natureza terrena e perversa. Será que estamos em auto-controle?

Analisemos uma coisa, se nós não somos deste mundo, então, em que estado está a vida do jovem cristão dos dias de hoje?

Este debate teológico sobre a vida do jovem cristão é fundamental para que tenhamos uma juventude condizente com a palavra do Senhor, um jovem que procura ser útil no seu serviço. Não uma juventude morta, mas sim viva e que se desvia dos prazeres do mundo, vivendo na prática da santidade e guardando a palavra de Deus e seus corações.

sábado, 29 de setembro de 2012

Breve histórico dos Batistas Regulares


Do fim do século XIX para o começo do século XX, o liberalismo teológico apareceu. Sua ênfase no criticismo bíblico e no racionalismo trouxe uma devastadora avalanche. Atingia em cheio as denominações protestantes da América do Norte, principalmente os batistas.

A Convenção Batista do Norte, fundada em 1907, foi profundamente afetada pelas ideias modernistas. Tanto igrejas quanto instituições arroladas em seus quadros sofreram. A reação foi o aparecimento de um movimento que surgiu em defesa das verdades fundamentais da fé.

O rompimento estava selado. Consumou-se em maio de 1932 durante a 8ª reunião da União Batista Bíblica, na Belden Avenue Baptist Church de Chicago. O pastor da igreja, Dr. Howard C. Fulton, presidiu a reunião.

Estavam presentes 34 representantes de 22 igrejas de 8 Estados. Votaram pela separação da Convenção e pela organização de um novo movimento. Foi organizada a GARBC (General Association of Regular Baptist Churches).

Em 1932, portanto, surgiu o movimento Batista Regular nos Estados Unidos. Duas Missões Batistas foram reconhecidas pelo movimento: A Baptist Mid-Missions (BMM) fundada em 1920 pelo ilustre missionário Dr. William C. Haas, e a Association of Baptists for World Evangelism (ABWE), fundada em 1927 com o nome inicial de ABEO (Association of Baptists for Evangelism in Orient) pelo Dr. Raphael C. Thomas.

O nome Regular vem do latim “regulare” e significa: “Conforme às leis, às normas, às regras”. A expressão vulgar de “mais ou menos” ou “meio termo” é errada para significar a palavra regular. Ela está sendo usada indevidamente.


AS DOUTRINAS FUNDAMENTAIS:

1. A Inerrância da Bíblia como a inspirada Palavra de Deus;

2. O Nascimento Virginal de Jesus Cristo;

3. A morte expiatória de Cristo para salvar o pecador;

4. A ressurreição corporal do Senhor; e

5. A segunda vinda pessoal de Cristo para reinar neste mundo.


NO BRASIL:

No Brasil, o movimento chegou em 1935 e 1936 com os missionários William A. Ross e Edward Guy McLain respectivamente. O movimento Batista Regular tinha os seus ideais claramente identificados com o Movimento Fundamentalista.

Existem hoje no Brasil cerca de 700 igrejas e congregações Batistas Regulares. Apesar de nem todas estarem associadas, existe a Associação das Igrejas Batistas Regulares do Brasil (AIBREB) cuja assembleia se reúne de 2 em 2 anos.

Existem vários Colégios e Institutos Bíblicos, Creches, Acampamentos, Centros de Recuperação, um Hospital (em Santo Antônio do IÇA), mais de 10 Missões evangelísticas, com missionários até na Colômbia e Moçambique.

A Editora Batista Regular é muito conhecida no meio evangélico brasileiro por divulgar livros de excelente qualidade, existem hoje no Brasil sete Seminários Batistas Regulares.


Alguns sites abaixo podem suprir mais informações:

General Association of Regular Baptist Churches (GARBC) www.garbc.org/

Baptist Mid-Missions (BMM)   www.bmm.org/

Association of Baptists for World Evangelism (ABWE) www.abwe.org/


Editora Batista Regular www.editorabatistaregular.com.br/

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A esperança é Jesus

Trabalho missionário realizado pela Missão Novas Tribos do Brasil



Ao assistir este vídeo percebi o quanto, nós da cidade, estamos acomodados em nossas casas, em nossa zona de conforto, enquanto muitos cristãos estão na frente da batalha missionária, porque amam o próximo e se dispuseram em ir ao campo missionário levar a palavra da verdade, que Jesus morreu por todos e não deseja que nenhum pereça.


Oremos e contribuamos para que os povos indígenas e ribeirinhos da região Amazônica também tenham a possibilidade de conhecerem a Jesus. A Missão Novas Tribos necessita de nossos apoios tanto de oração como de mantimento, para que os missionários continuem no campo proclamando as grandezas de Deus, aos povos que estão em densas trevas. 


O campo na verdade é vasto, mas os trabalhadores são poucos para a ceara do nosso Deus. Então, vos indagamos: onde estão os trabalhadores? Os trabalhadores somos nós, mas o que estamos fazendo para cumprir a ordem que nos foi comissionada, que possamos nos despertar e nos dispor para a obra missionária.

sábado, 25 de agosto de 2012

O homem natural e o espiritual



Na sociedade humana existem três características de homens, sendo eles: o homem natural, o homem carnal e o homem espiritual, porém abordaremos nesta breve mensagem apenas dois destes.
O homem natural é todo ser humano que é gerado no ventre materno de sua mão, e continua nesta vida enquanto viver dissoluta e desregradamente, nas paixões mundanas, preferindo viver para si mesmo a reconhecer a Jesus como Senhor e salvador de sua vida, pois “o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, e não pode entendê-las por que elas se discernem espiritualmente” (I Co. 2: 14).
Entretanto, o homem espiritual que é o aquele que vivencia o novo nascimento em Cristo Jesus, passando a não viver nas paixões do muno, mas reconhece que a sua vida foi remida pelo sangue precioso do Cordeiro, tornando-se, assim, uma nova criatura. Parafraseando I Co. 2: 14 e 15 entendemos que este novo homem não tem recebido o espírito do mundo, mas sim, o de Deus para que conheça o que por Deus foi-lhe dado gratuitamente (a salvação). O homem espiritual neste caso pode discernir todas as coisas, pois possui a mente de seu Senhor (Cristo).
Abaixo podemos apresentar, com base bíblica, algumas características do homem natural:
  • Pecador (Rm. 3: 23);
  • Separado de Deus (Is. 59: 2);
  • Inimigo de Deus (Mt. 2: 30);
  • Morto (Rm. 6: 23);
  • Filho do diabo (Jo. 8: 44);
  • Escravo do pecado (Jo. 34).

Por sua vez, o homem espiritual pode ser caracterizado como:
  • Liberto (Jo. 8: 32);
  • Filho de Deus (Jo. 1: 1-3, 11, 12);
  • Amigo de Deus ( Jo. 15: 14 e 15);
  • Herdeiro de Deus (I Pd. 1: 9);
  • Sacerdote de Deus (I Pd. 1: 9);
  • Povo de propriedade exclusiva de Deus (I Pd. 1: 9);
  • Salvo (Ef. 2: 8).

É certo que muitos de nós, vivemos outrora, uma vida natural, sem se preocupar com o dia seguinte, estando nós mortos nos nossos delitos e pecados, porém “Deus sendo rico e misericordioso nos deu vida” (Ef. 2:1), possibilitando, assim, uma nova de pureza e santidade. Vida esta que Deus preparou para que andássemos nela, pois sendo nós salvos da condenação eterna, mostrou-nos o seu grandioso amor, pois onde abundou o pecado, em nossa vida natural, superabundou a graça de Deus.
Porém ainda muitos ainda estão na mesma vida de sofrimento e pecado, sendo escravos de suas paixões carnais, preferindo esta vida natural em detrimento a uma vida renovada de paz e alegria ao lado do Senhor.
Que vida você possui, a natural, que vive segundo o curso deste mundo ou a espiritual? A escola é do caro leitor. Para concluir fechamos com a seguinte frase que o Senhor nos diz: “salvai-vos desta geração corrupta” e vivamos uma nova vida e Cristo Jesus.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Tempo para o que gostamos

Por: Pastor Wagner L. Amaral

(Mensagem ministrada em Conferência de Aniversário da Mocidade Batista Regular Monte Sião - MIBREMS, Manaus-AM, no período de 25 a 27 de novembro de 2011.)


Certa feita um grupo de seminaristas foi fazer uma prova. De uma única questão: Fale sobre Deus e sobre o diabo. Foi-lhes dado uma hora para responder.

Um deles pegou uma folha e começou a escrever sobre Deus. Dissertou sobre suas maravilhas, sua obra, seu Filho, sobre a salvação. E o fez de maneira tão apaixonada que, não atentando para o relógio, passaram-se 59 minutos.

Quando o professor alertou que faltava apenas um minuto, o jovem escreveu no rodapé da página: FIQUEI TÃO ENVOLVIDO COM DEUS, QUE NÃO TIVE TEMPO PARA SATANÁS.

Apesar de não ter cumprido o que lhe foi solicitado, sua dissertação foi considerada a melhor de todas.



VOCÊ E O TEMPO

No geral, temos tempo para aquilo que gostamos. E, quando, por alguma razão, o tempo diminui, ou desaparece, nos esforçamos para ter tempo suficiente para o que temos prazer (torneio futsal do AMDE). Perceba a diferença:

- Não vai dar para ir ao estudo dos jovens, pois chegarei do trabalho às 18h e terei de ir para o cursinho as 19:30h.

- Dá tempo de ir ao boliche! Chego às 18h e só tenho cursinho às 19:30h.

Logo, quando precisamos falar de algo com o objetivo de levar alguém a separar, buscar ou priorizar tempo para alguma coisa; é porque não é para esta pessoa algo importante, prazeroso, priorizado. E, então, é preciso desprender todo um esforço para fazê-la enxergar, entender, aceitar e buscar aquilo como importante.

Poderia completar essa reflexão, afirmando que o problema para o cristão começa quando ele assume a ideia de que é preciso separar tempo para Deus, já que tem tempo para todas as outras coisas.


Esse entendimento expressa o problema, pois, para Deus todo o tempo é tempo. Isto é, não somos exortados por ele a dividir nossa vida em compartimentos: moral, espiritual, social, profissional, sentimental, etc. Nossa vida é única. É nossa vida; e tudo o que somos e possuímos interage em nós, e nos outros.

O que eu sou se expressa em casa, na vizinhança, na igreja, no trabalho, na escola; enfim, nos relacionamentos e nas atividades. Logo, redefina sua vida para evitar esses compartimentos, e em colocar Deus como um dos compartimentos. Deus está em todos eles; e aquilo que ele espera de você, também (Colossenses 3.17, 23).

VOCÊ E O TEMPO

Efésios 5.15-17

Para ser bem sucedido há necessidade de organizar e qualificar o seu tempo.


Remir o tempo (5.15-16).  Efésios é uma carta riquíssima por mostrar a soberania de Deus através do viver de Seu povo, daqueles que foram eleitos e capacitados e vocacionados por Ele a refletir um viver santo.

Pela última vez (5.15) Paulo usa “andar” para exortar a igreja acerca do viver esperado dela. Expressão conhecida com sua raiz no AT, apontando para o viver no tempo, tratando tanto daquilo que fazemos como daquilo que deixamos de fazer.

Este andar (viver) é observado naquilo que fazemos ou deixamos de fazer, e a forma que assumimos, através do tempo. Por isso, a exortação para remir o tempo. Como podemos entender est remir o tempo?

1. Portanto, andai sabiamente, como convém a santos. Como? Remindo o tempo. Remir o tempo implica em ser sábio, o oposto de ser néscio (aquele que não sabe; que é ignorante; estúpido).

2. Remir o tempo implica em andar prudentemente. Sendo moderado, cauteloso, prevenido, discreto. Prudência é uma virtude que leva o homem a conhecer e praticar o que lhe traz vida. Remir o tempo implica em saber o que se quer, saber aonde se quer chegar.

3. Remir o tempo implica em aproveitar as oportunidades. Como?

3.1. Cumprindo com nossas obrigações organizadamente.
3.1.1. Planejando a pontualidade.
3.1.2. Planejando e executando um organograma diário.
3.1.3. Levando em conta os eventuais, os “acidentes”.

3.2. Priorizando as coisas certas:
3.2.1. Estabelecendo limites no tempo de nosso trabalho e estudos.
3.2.2. Estabelecendo momentos de comunhão com a família, amigos, irmãos.
3.2.3. Estabelecendo momentos de crescimento moral e espiritual (leitura).

3.3. Não matando o tempo, não sendo “insensato” (5.17). Literalmente, destituído de capacidade mental, desequilibrado, tolo.
3.3.1. Chegando atrasado a nossos compromissos.
3.3.2. Faltando por motivos banais, ou preguiçosos.
3.3.3. Assistindo, vendo, ouvindo, programas e pessoas carnais.
3.3.4. Deixando de ler as Escrituras.
3.3.5. Deixando de orar.

Enfim, se preparando adequadamente. Vou exemplificar isso para vocês. Você sabe quais as principais perguntas nas entrevistas dos bons empregos, hoje?

1. Fale sobre si.
2. Quais são seus objetivos em curto e em longo prazo?
3. O que o levou a enviar o seu curriculum a esta empresa?
4. Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?
5. O que procura num emprego?
6. Você é capaz de trabalhar sob pressão, e com prazos definidos?
7. Dê-nos um motivo para o escolhermos em vez dos outros candidatos.
8. O que você faz no seu tempo livre?
9. Quais são as suas maiores qualidades?
10. E pontos negativos/defeitos?
11. Que avaliação faz da sua última (ou atual) experiência profissional?
12. Até hoje, quais foram as experiências profissionais que lhe deram maior satisfação?

Veja que não são perguntas que priorizam a área técnica; mas sim, o perfil da pessoa, envolvendo seu caráter e conduta. A razão disso não é que estão procurando pessoas de valor que remiram seu tempo, sendo sábios. Isto é suficiente para indicar que tal pessoa teria futuro em qualquer empresa; afinal, a parte técnica se ensina, com curso ou pela experiência; mas a sabedoria, revelada por um caráter digno vem de uma formação que leva tempo.

Por outro lado, numa reportagem recente, foi apresentada uma lista de razões que estão levando as pessoas a serem demitidas:

1. Dificuldade no relacionamento com os colegas.
2. Insubmissão.
3. Paralisia intelectual.
4. Erros na escrita.
5. Erros na fala.

Você está preparado para enfrentar essa realidade profissional, que cada vez mais olha para o todo e não para uma vida dividida em compartimentos?

4. Remir o tempo implica em viver em conformidade com Deus (5.15-17).

Muitos vivem situações em que choram pelo tempo perdido, ou mal investido.   Choram a oportunidade de reparar os erros, até porque recebem, no tempo, aquilo que fizeram em seu tempo. Não somente colhemos os resultados da administração de nosso tempo aqui, como prestaremos contas do tempo vivido ao Senhor.


O que você tem colhido? O que colherá? Como sua família, amigos e irmãos reagirão no futuro, mediante o tempo investido para com eles? Quero concluir com um soneto que trata do tempo:

Deus pede estrita conta do meu tempo
E eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta.
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta;
Não quis, sobrando tempo, fazer conta.
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.

Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.

Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!
Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar, de prestar conta
Chorarão, como eu, o não ter tempo...

Que o Senhor do tempo o ajude a ser santo quanto ao tempo, em seu tempo.



sábado, 4 de agosto de 2012

Estratégia para a mudança (Tiago 1.19-27)


Por: Pastor Wagner L. Amaral

(Mensagem ministrada na 18ª Conferência de Aniversário da Mocidade Batista Regular Monte Sião - MIBREMS, Manaus-AM, no período de 25 a 27 de novembro de 2011.)



Há uma mudança no caráter e na ação de todo homem salvo, transformando-o em uma pessoa sábia e segura. E Deus estabelece uma estratégia para alcançá-la. Que mudança é esta, e qual é a estratégia divina?

1. Esta mudança é uma aplicação da salvação (21).

a) Implantada em nós, com a Palavra. Algo que foi feito. Não algo inato, mas sim implantado, colocado em nós. A própria Palavra, que traz com ela o necessário para a mudança esperada.

b) Operosa, salvando nossa alma. A mudança completa não ocorre instantaneamente. A Palavra é implantada produzindo salvação, e tornando-se orientadora, assim, a ordem de acolher a Palavra não implica em ser salvo, mas sim o de aceitar seus preceitos como obrigatórios, procurando viver por eles.

2. Esta mudança é realizada de dentro para fora (26).

Tiago usa um termo que não é exclusivamente cristão, religião, que revela reverência e adoração a um deus, ou deuses, sempre apontando para atos externos de adoração; para contrastar com o verdadeiro teste de qualquer confissão religiosa: que é a mudança da alma, do pensamento, da consciência e desejo; expressada pela obediência.

Sem esta mudança toda e qualquer manifestação religiosa é vã, isto é, vazia, inútil e infrutífera. Tanto para a pessoa quanto para as outras com quem convive. O coração não pode ser enganado, pois é nele que se principia a real mudança para salvação. Onde está o teu tesouro aí estará o teu coração.

3. Esta mudança é observada em nossas ações (27).

a) O cuidado para com o próximo. O cuidado pelos órfãos e viúvas é uma ordem no AT como uma forma de imitar o cuidado do próprio Deus com as pessoas.

Órfãos e viúvas são tipos dos que se encontram desamparados no mundo. A ideia de Tiago é que o cristão que professa uma religião pura imitará seu Pai, intervindo para ajudar os desamparados.

b) O cuidado para consigo mesmo (27b). Não pensar e agir em conformidade com a normalidade deste mundo. É uma chamada à moralidade santa. Iniciada no interior e vivenciada no dia-a-dia.


Os primeiros passos da estratégia para esta mudança são: (1) Parar para ouvir (19). Estar pronto para ouvir e considerar o ponto de vista dos outros. Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso que se tenha a disposição de ouvir com o coração.  Não simplesmente a inclinação física, mas a disposição de considerar o outro.


(2) Parar de falar (19). Esta qualidade acompanha a qualidade anterior. Parar de falar mal dos outros. Parar de ser o do contra. Parar de ser o questionador, ou o santo; não por algo puro, real e necessário, mas por segundas intenções, como uma inclinação de descontentamento para com o outro. Parar de ser desagregador. Parar de ser chato, de ser ranzinza, de ser desagradável. Parar de ser e de fazer aquilo que leva a si próprio e outros a ira.

(3) Parar de se irar (19-21).

a) Primeiramente, porque nossa ira em nada afeta o julgamento de Deus (20). Permita-me confidenciar algo importante: Deus normalmente não pensa como você! Ah! Não só não pensa; como não age. Deus não julga como você. Ele, acima de nós, vê o todo, a começar pelo coração.

b) A ira indevida é “impureza e acúmulo de maldade” (21). Acúmulo de maldade sugere excesso ou abundância. Alguns entendem que o significado é o de restante da maldade; talvez, por considerarem que a carta trata sobre crentes. Porém, de uma forma ou outra, acentua a variedade e o predomínio do pecado contra o qual os cristãos devem lutar. Como diz Tiago deve despojar, isto é, tirar, se despir; não fazer parte do corpo e da alma.

Tudo isto nos mostra que a mudança, tão aguardada, tem de acontecer primeiramente eu nosso coração. Isto alarga nossa visão e persistência, pois evita que percamos tempo com coisas sem importância; e nos ensina a enxergar o próximo através do seu coração e não da aparência.

Esta mudança nos transforma em pessoas sábias, bem-sucedidas e felizes. O que é alguém bem-sucedido? É alguém que obtém sucesso em seus projetos. É alguém que chega até o fim, e isto de forma positiva, naquilo que inicia. É alguém feliz, é o bem-aventurado.

Esta mudança traz consigo uma conseqüência. Mas, uma conseqüência que está atrelada à estratégia (22). “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes”.

Nos vv.19-21 a exortação de Tiago é para “ouvirmos, isto é, fazer aquietar a nossa alma, o nosso eu, e considerarmos ao Senhor, através de Sua Palavra”. Daí as exortações de Cristo de que quem tem ouvidos para ouvir ouça o que o Espírito diz à igreja.

A partir do v.22, Tiago complementa sua exortação mostrando que este “ouvir”, este “considerar” deve ser real, não se limitando a ouvir, mas chegando ao viver, ao praticar. Pois, caso contrário, é terrível enganação: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. O que implica em desperdício. E isto fica bem próximo do que escrevi em um texto intitulado Rotina de crente:

Você acorda
Você se arruma
Você sai
Você chega na igreja
Você diz (várias vezes): “Oi, tudo bem?”
Você responde: “Tudo bem!” (mesmo que não esteja)

Você sorri, ou pelo menos tenta
Você ora
Você canta
Você lê a Bíblia
Você ouve pessoas e grupos cantando
Você ouve a mensagem
Você acompanha a aula

Você conversa
Você cumprimenta as pessoas
Você vai embora

Você almoça
Você descansa
Você volta para a igreja
Você passa por todo o processo acima alistado, menos acompanhar a aula

Domingo após domingo
Semana após semana

Tem melhorado seu relacionamento com o Senhor?
Tem melhorado seu relacionamento com a família?
Tem melhorado seu relacionamento com os irmãos?

Caso contrário,
Você continuará acordando
Você continuará se arrumando
Saindo
(....)
E para quê?
  
(23-25) Atente para o contraste que Tiago apresenta:

Ouvinte negligente da Palavra
Praticante da palavra que considera
Contempla a si mesmo
Contempla ao Senhor
Esquece do que ouviu
Persevera na pratica do aprendizado
É inoperante
É bem-aventurado

(25) é a mesma, a velha, a antiga, a repetida palavra do Senhor aos seus: Deuteronômio 6.24-25; Josué 1.7-8; Salmo 1.1-3; Provérbios 4.20-27; João 15.7, 10-11.

Feliz, bem-sucedido, sábio, completo, será aquele que viver aquilo que ouve do Senhor. Caso contrário, para quê ouve?  Você ouve?